Teste sorológico IgM/IgG identifica se paciente já foi infectado por zika ao detectar anticorpos e foi incluído na tabela do SUS nesta segunda.
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O teste rápido foi resultado de parceria entre o governo da Bahia e a empresa Genbody Inc., da Coreia do Sul – Reprodução
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O Ministério da Saúde distribuiu 1,3 milhão de testes
rápidos contra o vírus da zika e promete enviar mais 2,2 milhões até o final
deste ano. Nesta segunda-feira, a pasta incluiu o produto para diagnosticar
zika na tabela de procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS). A decisão foi
publicada no Diário Oficial da União.
A pasta já tinha anunciado, no ano passado, a compra desses 3,5
milhões de kits do teste rápido do tipo IgM/IgG que seriam distribuídos
para estados e municípios. Trata-se de um teste sorológico capaz de detectar os
anticorpos contra o vírus presentes no organismo e diagnosticar a infecção
mesmo depois de o vírus já ter sido eliminado. O exame leva 20 minutos para informar
o resultado.
Antes, o único teste disponível no SUS era o PCR, de
biologia molecular. O método consiste em multiplicar a quantidade de RNA do
vírus na amostra coletada, ou seja, amplificar o material genético do vírus
para que seja possível identificá-lo quimicamente. A limitação do teste
molecular é que ele só é capaz de detectar a presença do vírus em um período
muito curto de tempo.
Os 3,5 milhões de kits de testes foram comprados do
laboratório público Bahiafarma por R$ 119 milhões. O desenvolvimento do teste
rápido foi resultado de uma parceria entre o governo da Bahia e a empresa
Genbody Inc., da Coreia do Sul, que fez um acordo de transferência de
tecnologia para a Bahiafarma.
A distribuição ocorrerá, de acordo com o ministério,
conforme a demanda de cada estado: leva em consideração as taxas de incidência
do zika, de prevalência da microcefalia e sua proporção de nascidos vivos.
O governo federal também informou que as Secretarias de
Estado da Saúde (SES) são as responsáveis pelo recebimento, armazenamento e
distribuição aos municípios e Unidade de Saúde que atendam ao grupo
prioritário. Neste primeiro momento, os testes deverão ser feitos,
prioritariamente, nas maternidades, UPAS e policlínicas.
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