Levantamento do governo, divulgado nesta segunda (10), revela que em 2015 foram sete registros. Um ano antes, os médicos fizeram 16 notificações. Em 2013, ocorreram 22 casos.
As notificações de Aids em menores de cinco anos, em Pernambuco, são feitas desde 1987 – Reprodução |
A Secretaria de Saúde de Pernambuco revelou, nesta
segunda-feira (10), que o número de casos de Aids em crianças menores de 5 anos
está caindo. Em 2015, houve sete registros no estado. Um ano antes, foram 16.
Em 2013, os médicos fizeram 22 notificações.
As notificações de Aids em menores de cinco anos, em
Pernambuco, são feitas desde 1987. Entre aquele ano e 2015, foram registrados
442 casos. Entre o público em geral, entre 1983 e 2015, ocorreram 23.399
registros, sendo 65% em homens e 35% em mulheres.
De acordo com o Programa Estadual de Infecções Sexualmente
Transmissíveis (IST/Aids/Hepatites Virais), a estratégia de evitar a
transmissão do vírus durante a gestação, no parto ou amamentação vem surtindo
efeito. O coordenador da iniciativa, François Figueiroa, afirma que o governo
identificou redução de notificações e realizou busca ativa em unidades de saúde
para confirmar a tendência.
Diante da confirmação dessa redução, ele acredita que a
descentralização de testagem rápida e as ações antes e depois dos partos têm
contribuído para a queda dos registros. Ele alerta que as grávidas e seus
parceiros sexuais devem se submeter a testes de HIV durante a gestação. Também
precisam ser informados sobre as medidas de prevenção.
Os médicos afirmam que o teste deve ser realizado na
primeira consulta do pré-natal e no início do 3º trimestre, de acordo com o
Ministério da Saúde (MS). Com o diagnóstico precoce do HIV, a mulher pode
iniciar o tratamento normalmente. Assim, é possível praticamente eliminar o
risco de o bebê nascer infectado.
Em caso de teste positivo,a mãe não poderá amamentar a
criança para evitar os riscos de transmissão da doença por meio do leite
materno. Por isso, o SUS fornece a fórmula láctea infantil (1º semestre) no
serviço de saúde que a criança será acompanhada.
Figueiroa lembra que o ideal é que o casal faça os testes
para detecção das IST antes de pensar em ter filho. Para o caso de um dos dois
ter HIV, com o acompanhamento médico, é possível orientar o melhor momento para
a gravidez.
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