Pessoas podem encaminhar informação sobre tratamento ou prevenção para Instituto Oncoguia verificar se dado procede. Organização atende por WhatsApp.
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O instituto encaminha aquela dúvida para médicos associados e responde, em até 48 horas – Reprodução |
A disseminação de notícias falsas sobre câncer pode impactar
de forma negativa pacientes em tratamento. Para combater a divulgação de
informações erradas sobre a doença nas redes sociais, o Instituto Oncoguia,
organização que dá apoio a pacientes com câncer, lançou um serviço de checagem
de informações ao qual os internautas podem recorrer antes de compartilhar uma
notícia sobre o tema.
Funciona assim: ao se deparar com uma notícia sobre um novo
tratamento ou uma nova forma de prevenção contra câncer nas redes sociais ou
aplicativos de mensagens, a pessoa interessada pode encaminhá-la para o
instituto para checar se aquela informação realmente procede. Basta enviar o
link da notícia ou uma foto do texto que descreve o tratamento por WhatsApp
para o instituto, no número (11) 98790-0241.
O instituto encaminha aquela dúvida para médicos associados
e responde, em até 48 horas, se aquela notícia é verdadeira ou falsa. Caso seja
verdadeira, o internauta pode compartilhá-la com a hashtag #oncoguiaconfirma.
Se for falsa, ele poderá avisar quem encaminhou a informação que aquilo não
procede.
A psicóloga Luciana Holtz, presidente do Oncoguia, diz que a
circulação de notícias falsas sobre o câncer provoca confusão e pode levar a
impactos graves no tratamento de um paciente e até fazê-lo consumir produtos
que podem interagir com o medicamento oficial.
“O paciente com câncer enfrenta em seu dia a dia uma batalha contra o tempo. Toda mensagem que aponta para uma cura vai impactar. Por mais que se tente ser racional e se questione se aquilo é verdade, isso mexe muito”, diz Luciana, que avalia que a disseminação de informações falsas sobre câncer tem aumentado com a popularização das redes sociais.
Ela cita o caso do boato que circulou por WhatsApp e
Facebook de que casos de câncer de tireoide em mulheres estariam aumentando por
causa da realização de mamografias e radiografias odontológicas.
A informação falsa foi divulgada em um vídeo e atribuída ao médico Drauzio
Varella que, posteriormente, criticou a disseminação da história e
destacou os prejuízos que o boato poderia ter na prevenção de câncer.
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