Conheça as controvérsias envolvendo filmes do estúdio. Alguns tiveram de ser alterados ou até recolhidos.
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Confira a lista dos desenhos – Reprodução |
1) Teu passado te condena
Assistir a The Gallopin’ Gaucho (1928) vai
mudar a opinião de quem acha Mickey fofinho demais. Em seis minutos, ele fuma,
toma cerveja, galopa num avestruz bêbado e beija Minnie na boca. No início da
carreira, Mickey era mais escrachado. Aos poucos, seu jeitão foi passado a
outras figuras (como Donald) e Mickey se tornou o “bom moço”.
2) Outros tempos
Todo filme acaba capturando a mentalidade da época mesmo que
ela mude, anos depois, e a obra não mais represente a opinião atual dos
produtores. É o caso de A Canção do Sul (1946), que o estúdio
até tirou do catálogo de DVDs. A película é cheia de estereótipos sobre negros,
mostrando, por exemplo, escravos gratos por trabalhar para seus donos.
3) Janela indiscreta
Em 1999, a Disney fez o recall de 3,4 milhões de cópias do
vídeo de Bernardo e Bianca (1977). Os funcionários haviam descoberto
a imagem de um torso nu de mulher, em uma janela no fundo de uma cena. Houve
quem dissesse ser um molde de alfaiataria, mas a empresa não entrou em
detalhes, citando em seu comunicado apenas “uma imagem sujeita
a objeções”.
4) Donald nazista
A Face do Führer (1942) era uma crítica ao
nazismo, que ascendia na Alemanha. Mas mostra algumas cenas controversas, como
Donald lendo o livro Minha Luta no café da manhã e saudando várias
vezes seu autor, Adolf Hitler. É tudo um sonho, claro (ou melhor: um pesadelo).
Mas até o YouTube alerta que o conteúdo pode ser “potencialmente ofensivo”.
5) Kimba X Simba
Um leãozinho chamado Kimba. Um amigo pássaro. Um guru
babuíno. Um bando de hienas. Um vilão com uma cicatriz no olho. O Rei Leão (1994) tinha
tantas semelhanças com a série animada japonesa Kimba, o Leão Branco (1965)
que a Disney teve de se manifestar. Alegou que seu filme era totalmente
original e levou anos para ficar pronto. O estúdio de Kimba concordou e jamais
abriu processo.
6) Trabalho reciclado
Animações como Robin Hood (1973) e As
Aventuras do Ursinho Pooh (1977) trazem cenas e personagens em poses
quase idênticas às de Branca de Neve (1937) e Mogli (1967),
respectivamente. Não era preguiça dos animadores, e sim consequência de uma
técnica chamada rotoscopia, que criava uma espécie de “molde” único com base em
desenhos de diferentes movimentos humanos. A indústria cinematográfica
considerava legítimo o uso desse recurso (que, além de tudo, era bem
econômico).
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